Roteiro de 2 dias em Serpa, Alentejo, Portugal
Serpa é das localidades mais bonitas do Baixo Alentejo, assim como Mértola, que também merece destaque. Serpa uma cidade medieval situada no Baixo Alentejo, na margem esquerda do rio Guadiana, mais precisamente a 28 km de Beja.
São 10 locais a visitar no Alentejo. 10 locais que tens de adicionar ao teu plano de viagem, se estás a planear conhecer esta linda região.
Devido à sua proximidade com Espanha, a cidade passou por muitos cercos, todos após o conflito entre o Reino de Portugal e os mouros.
Foi definitivamente constituída como concelho em 1295 por D. Dinis que mandou cercar Serpa por uma cintura de muralhas.
Dada a sua localização geográfica, bem próxima da fronteira, Serpa sempre foi um ponto estratégico da defesa nacional.
Dia 1
A primeira impressão que o visitante tem de Serpa é a visão das muralhas do Castelo onde se rasgam a Porta de Moura e a Porta de Beja.
As entradas originais eram apenas três, a Porta de Beja, localizada a noroeste, a Porta de Moura a nordeste, e a Porta de Sevilha a Sul.
As duas primeiras são entradas aparatosas, entre torreões, enquanto a porta de Sevilha já não existe.
Abriram-se mais tarde as portas da Corredoura e a Porta Nova.
Palácio dos Condes de Ficalho
O palácio dos Condes de Ficalho destaca-se pela sua curiosa localização, uma vez que se encontra inserido nas muralhas.
O palacete foi mandado edificar por D. Francisco de Melo, alcaide-mor de Serpa no final do século XVI.
D. Francisco terá então iniciado a construção, obra posteriormente prosseguida pelos seus filhos, D. Pedro de Melo, governador do Rio de Janeiro, e D. António Martim de Melo, bispo da Guarda.
O Palácio já se encontra aberto ao público. Para marcar uma visita guiada vê na página do Facebook.
Aqueduto
Pouco depois de edificado o palácio, foi construído o aqueduto, cujo objetivo era o abastecimento de água, em exclusivo para a habitação, a partir de um poço situado na extremidade sul da muralha.
É considerado uma obra invulgar no nosso país, dado a sua insólita configuração, e por se tratar de um empreendimento particular.
Dentro da cidade o traçado das ruas estreitas e irregulares, ladeadas por casas imaculadamente brancas, que se abrem para grandes largos, confere a Serpa um carácter muito singular.
Na parte mais alta do morro encontra-se a igreja de Santa Maria, o que restou da antiga torre de menagem do castelo e a Torre do Relógio.
Castelo de Serpa
O castelo de Serpa, classificado como Monumento Nacional em 1954, foi conquistado aos árabes no reinado de D. Afonso Henriques.
Após esta conquista, a fortaleza, cai de novo na mão dos árabes e só no reinado de D. Sancho II, em 1232, volta ao domínio português, no entanto esta zona do território, esteve em disputa pelos reis de Castela, que chegaram a ter o seu domínio, até à ratificação da fronteira, no reinado de D. Dinis, em finais do século XIII.
Os problemas com a vizinha Espanha voltariam a surgir durante a Guerra da Sucessão, em que Serpa caiu facilmente perante o ataque das forças espanholas, mas é assinalado que no início da Restauração da Independência, este foi um dos primeiros castelos a hastear a bandeira portuguesa.
Torre de menagem do Castelo
A torre de menagem do Castelo, que se encontra em ruínas devido à sua explosão, são o resultado da participação de Portugal na Guerra da Sucessão de Espanha.
A vila foi tomada em 1707 pelos espanhóis, que se retiraram no ano seguinte não sem antes, provocarem grandes danos, sobretudo no castelo e na cerca urbana.
Igreja de Santa Maria
A Igreja de Santa Maria, matriz de Serpa, terá sido edificada sobre uma antiga mesquita árabe, a partir de finais do século XIII e no início de Quatrocentos.
A igreja ergue-se diante de um largo, em local elevado e junto da alcáçova, igualmente reedificada a partir das construções islâmicas originais.
Torre do Relógio de Serpa
A atual Torre do Relógio (que se supõe ser a terceira mais antiga do país) é um vestígio da muralha do burgo, e também do passado islâmico da região.
Foi transformada em relógio no ano de 1440, o que a torna, segundo se sabe, na terceira torre relojoeira mais antiga do país.
Desce as escadas de Santa Maria, até à praça da República “coração” histórico de Serpa e um belo espaço fechado ao trânsito.
Na Rua dos Cavalos encontramos o Museu do Relógio (última visita é às 17h), instalado no antigo convento do Mosteirinho e único no seu género na Península Ibérica, e a Casa do Cante, uma iniciativa autárquica para salvaguardar o cante alentejano.
Atravessa as “portas da Corredoura”, cruza o largo da Corredoura em direção ao Jardim Municipal Eng.º Pulido Garcia, ou “Passeio Público Camacho Pimenta”.
Jardim Municipal Eng.º Pulido Garcia
O Jardim Municipal Eng.º Pulido Garcia situa-se na Alameda Abade Correia da Serra, tomou este nome em 1966, sendo anteriormente denominado de Praça de Lisboa.
As árvores e os arbustos proporcionam sombra e alteram o microclima interior do jardim, tornando este espaço num enorme atrativo nas épocas de maior calor.
Continua o passeio em direção à Igreja de Salvador.
Igreja de Salvador
A Igreja de Salvador situada no largo com o mesmo nome, esta Igreja encontra-se fora das muralhas.
É datada do séc. XIV, durante o reinado de D. João I, e posteriormente modificada como comprovam as inscrições no púlpito.
De fachada simples, o elemento mais predominante é a torre sineira. O seu interior apresenta uma única nave coberta por uma abóbada de berço. As paredes da capela-mor estão forradas a azulejos.
Segue em direção ao Largo do Corro, onde se encontra o Museu Etnográfico.
Museu Etnográfico
Instalado no antigo mercado, o Museu Etnográfico apresenta um percurso expositivo onde se ilustram vários ofícios tradicionais da região, nomeadamente os de cesteiro, roupeiro, cadeireiro, oleiro, abegão, ferreiro, pastor, alfaiate, sapateiro e latoeiro.
Horários:
9h00 – 12h30 / 14h00 – 17h30 (todos os dias).
Dia de encerramento:
Encerra nos feriados de 25 de Dezembro, 1º de Janeiro, 3ª a seguir à Páscoa e 1º de Maio.
Ao sair do museu, vira à tua esquerda, em direção à igreja e convento de S. Paulo.
Igreja e convento de S. Paulo
Trata-se de uma das mais imponentes igrejas do Alentejo.
Fundado em 1617, a obra foi paga pelo benfeitor Manuel Fialho, um natural da cidade que “mandou das Índias de Castela, onde era muito rico, um donativo tão grande para a obra do convento, que se erigiu formoso templo pelo risco da igreja dos Paulistas da Corte, ainda que menos grande e menos sumptuoso”.
Depois de percorrer Serpa, não deixes de visitar a Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, de onde desfrutarás de uma vista espetacular sobre a planície pontuada pelos vastos olivais que rodeiam Serpa.
Dia 2
Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe
A Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, mais conhecida como Altinho, situa-se a dois quilómetros de Serpa, numa pequena elevação da Serra de S. Gens.
É uma capela simples de estilo mudéjar, desprovida de tesouros arquitetónicos onde está guardada a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, a da santa padroeira da cidade e responsável pela grandiosa festa realizada na altura da Páscoa.
A Festa começa na Sexta-Feira Santa e termina na terça-feira seguinte, no Altinho.
Também merece visita o Convento de Santo António/Convento de São Francisco.
Convento de Santo António/Convento de São Francisco
A construção da Igreja de São Francisco, integrada no convento do mesmo nome (mais tarde Convento de Santo António), está intimamente relacionada com a atividade mecenática dos Duques de Beja, senhores desta vila alentejana entre meados do século XV e meados do século XVI.
A primeira edificação terá sido ordenada pelo Infante D. Fernando, 1º Duque de Beja e pai do futuro rei D. Manuel, destinando-se a abrigar frades franciscanos do convento lisboeta de Xabregas.
O senhorio de Serpa passou entretanto para D. Manuel, que reconstruiu o convento em 1502, já durante o seu reinado.
O edifício levanta-se no exterior da zona muralhada, no Largo de São Francisco, refletindo desta forma o surto de crescimento urbano da vila nessa época.
Como chegar ao Pulo do Lobo
Volta para dentro da cidade, e segue as indicações para S. Brás/Pulo do Lobo.
O caminho prossegue por uma estrada municipal e depois de terra batida com a aproximação da ribeira de Limas.
A passagem sobre a ribeira fica inviabilizada com grandes chuvadas, mas na maior parte do ano é possível atravessá-la através da passagem de cimento existente.
Prossegue até encontrar uma placa, à direita, a indicar o desvio para o Pulo do Lobo.
Pulo do Lobo
A origem do nome “Pulo do Lobo” terá a ver com a distância existente, neste local, entre as duas margens do rio Guadiana, que permite que, de um pulo, os grandes mamíferos terrestres atravessem o rio.
Em tempos, esta seria a única passagem que permitia o contacto entre as populações de mamíferos das duas margens.
O Pulo do Lobo é a maior queda de água do sul de Portugal. As águas caem de mais de 20 metros de altura e, envoltas num mar de espuma descem a garganta rochosa até lá abaixo, desembocando num lago entre as rochas.
A paisagem do pulo do lobo é espetacular, o leito do rio após a queda de água, encontra-se todo exposto, em rocha, por entre a qual serpenteia o rio Guadiana, num sulco criado ao longo de milhares de anos.
Passadiços do Pulo do Lobo
Os passadiços do Pulo do Lobo, situados na margem esquerda do Guadiana, são uma das grandes atrações desta região.
A atração turística é constituída por mais de 300 degraus e dois passadiços que seguem ao longo da margem esquerda do rio Guadiana). Ao longo dos passadiços encontram-se muitos pontos de descanso ideais para tirar fotos.
O que comer em Serpa
O queijo de ovelha de Serpa é famoso e muito apreciado por todo o País, primando mesmo esta região Alentejana pela sua boa cozinha, que tem como melhor aliado, o Pão de qualidade.
Ensopado de Borrego, Açorda, Grãos com Alho e Louro, e doces tradicionais como os folhados de gila e as queijadas de requeijão, regados com os melhores tintos do Alentejo, fazem as delícias de todos quanto os degustam.
Onde comer em Serpa
Quando visitar Serpa
A melhor época para visitar Serpa é na Primavera. Na Primavera também é celebrada, de forma especial, a festa em honra de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira oficial do concelho a partir de meados do século XX.
Com um clima mediterrânico, a tender para o semiárido, a região tem verões secos e quentes com temperaturas médias de 25º, mas em que a temperatura máxima pode ultrapassar os 40ºC.
Os invernos apresentam temperaturas médias de 8º, com temperaturas mínimas frequentemente negativas.
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