O que que fazer em Óbidos, Portugal
O que fazer em Óbidos, a vila medieval, situada a apenas uma hora de carro de Lisboa, em direção ao norte.
A vila de Óbidos, é considerada uma das vilas pitorescas e melhores preservadas de Portugal.
O seu castelo é apontado como uma das 7 maravilhas do país, por isso não faltam motivos para te deixares envolver por esta magnífica vila medieval.
História de Óbidos
O nome Óbidos tem as suas raízes no termo latim “Oppidum”, que se referia a um lugar alto protegido por muralhas.
Foi governado por celtas, romanos, visigodos, mouros e, finalmente, pelos reis e rainhas de Portugal.
No entanto, o seu passado está intimamente ligado ao amor desde o século XIII, quando D. Afonso II, ofereceu a vila à sua rainha como presente de casamento.
Isso deu início a uma tradição que continuou até ao primeiro terço século XIX. Óbidos é muitas vezes referida como Vila das Rainhas.
Roteiro em Óbidos
É fácil caminhar e visitar todas as atracões de Óbidos em poucas horas.
Como é uma vila pequena, pode ficar cheia de visitantes durante a época alta, por isso é melhor visitá-la no início do dia ou passar a noite em Óbidos.
Acidade fica mais tranquila a partir das 17h e é uma excelente base para explorar os arredores.
Antes de chegar à Vila de Óbidos, junto da estrada que liga Óbidos e Caldas da Rainha, encontra-se um Santuário, que deves visitar, antes de seguir para junto da área muralhada.
Santuário do Senhor Jesus da Pedra
O Santuário do Senhor Jesus da Pedra é um enorme santuário barroco, construído em 1747.
O nome deriva da lendária cruz de pedra com uma escultura de Jesus que está localizada perto do altar. Esta cruz é objeto de imensa devoção popular entre a população local.
De acordo com a versão mais popular da história, durante secas severas em 1730, a há muito perdida cruz do século XV foi redescoberta por um agricultor local. A cruz “exigia” que ele a adorasse e assim que o trabalhador o atendeu, vieram as tão esperadas chuvas.
A forma hexagonal do interior do santuário torna-o um dos edifícios barrocos mais interessantes do país. Também é incomum que tal edifício monumental esteja isolado no campo, sem quaisquer outros edifícios ao redor.
A entrada é gratuita.
Horários
- Outubro a Março: Das 09h30 às 12h30 e das 14h30 às 17h00;
- Abril a Setembro: Das 09h30 às 12h30 e das 14h30 às 19h00;
Encerrado à Segunda-Feira.
A partir da paragem de autocarro ou do parque de estacionamento, e antes de entrar dentro das muralhas, podes visitar o Aqueduto de Óbidos e o Cruzeiro da Memória.
Aqueduto de Óbidos
O Aqueduto da Usseira, também conhecido como Aqueduto de Óbidos é um aqueduto com 3 km de comprimento.
Os seus arcos atravessavam vinhas e pomares, levando a água desde uma nascente na vizinha Usseira, até às fontes da vila, como a que se vê por baixo do pelourinho da praça principal.
Esta maravilha da engenharia romana que remonta ao século XVI, foi encomendada pela Rainha Catarina da Áustria (esposa do Rei D. João III de Portugal).
Foi um projeto tão importante para o povo de Óbidos, que a Rainha chegou a vender as suas terras, para financiar a sua construção.
Ainda hoje, o aqueduto está em perfeitas condições.
Foi restaurado nos anos 1600 e sobreviveu ao grande terramoto de 1755.
A área ao redor agora é usada como estacionamento e é onde muitos turistas deixam seus carros. O portão da cidade fica do outro lado da estrada.
Cruzeiro da Memória
Situado junto ao o cruzamento dos parques de estacionamento pago, encontrarás o Cruzeiro da Memória, uma pequena capela manuelina, erguida para comemorar a tomada de Óbidos aos mouros por D. Afonso Henriques em 1148.
Diz-se que foi construída no local onde os seus soldados acamparam antes de conquistar a vila.
É uma capela pequena, apenas com uma cruz de pedra lá dentro, que se pode ver pela janela.
Segue então para a área muralhada.
Quando passas a Porta da Vila, sentes que estás perante uma vila medieval, onde as ruas estreitas e calcetadas, com as suas casas de fachada branca com faixas azuis ou amarelas te envolvem numa atmosfera mágica.
Porta da Vila
A Porta da Vila não é apenas o portão principal da vila, mas também funciona como uma capela.
Os azulejos azuis e brancos que decoram o andar superior são do século XVII e retratam cenas da paixão de Cristo.
A Porta da Vila, a mais monumental e bela, leva à Rua Direita, a estrada principal de Óbidos, que percorre toda a vila até chegar ao castelo monumental, principal protagonista da vila.
Assim que passares a Porta da Vila, e bem no início da Rua direita encontras um pilar comemorativo.
Padrão Camoniano
O Padrão Camoniano foi projetado pelo arquiteto Raúl Lino em 1932 para homenagear Luís de Camões, a maior figura literária de Portugal.
Nele se pode ler um excerto da estrofe 61 do Canto III d´ Os Lusíadas: “JA LHE OBEDECE TODA A ESTREMADURA, OBIDOS”.
Rua Direita
A Rua Direita, a rua principal de Óbidos encontra-se repleta de lojas de souvenirs que vendem todos os tipos de bugigangas, muitos bares e cafés servindo a famosa ginjinha de Óbidos.
Embora valha a pena caminhar ao longo da Rua Direita, pelo menos uma vez, se estiver muito congestionada, principalmente no meio do dia, podes sempre seguir por outras ruas laterais mais silenciosas.
A Famosa Ginjinha de Óbidos
A Ginja é um tipo de cereja muito azedo, quase amargo, que cresce na região do vale do Sobral da Lagoa no concelho de Óbidos.
Começou a ser utilizada para a produção de licores em Lisboa no século XIX, mas foi só em 1987 que Dário Pimpão criou a receita que ainda hoje é famosa em Óbidos.
Apresentou também as xícaras de chocolate como a melhor forma de servir a Ginjinha de Óbidos, qualificando a bebida como “suave e aromática, com teor alcoólico equilibrado e textura aveludada”.
O licor em si é bastante forte (aprox. 20% teor álcool), mas a taça de chocolate doce e a ginja dentro dele, tornam-no numa bebida bem interessante e reconfortante.
Mercado Biológico de Óbidos
O antigo corpo de Bombeiros de Óbidos foi transformado no mais charmoso mercado de produtos biológicos, produzidos em quintas vizinhas.
O mais surpreendente desse mercado orgânico é que vende mais livros do que produtos hortícolas.
Neste amplo espaço, três das quatro paredes estão cobertas por estantes de livros, havendo apenas uma pequena área frontal para alguns alimentos.
Aqui podes encontrar barras de chocolate e outras guloseimas veganas, bem como geleias, óleos, cosméticos naturais, etc.
Óbidos é uma cidade bastante literária e, esta é apenas uma das catorze livrarias que aqui existem!
No âmbito de uma iniciativa denominada “Óbidos, Vila Literária”, os edifícios antigos que se encontravam em degradação foram remodelados e transformados em livrarias.
Igreja de São Pedro
A Igreja de São Pedro, do século XIII e originalmente gótica, mudou várias vezes ao longo dos séculos, especialmente após os terremotos de 1531 e 1755.
Esta igreja foi fortemente danificada no terramoto de 1755 que destruiu Lisboa e arredores.
Posteriormente, foi reconstruída, e agora apenas permanecem alguns vestígios de sua fachada gótica original.
Josefa de Óbidos, a artista local mais famosa da vila, encontra-se aqui enterrada.
Pediu que aqui fosse colocada a sua tumba, para que pudesse ficar ao lado da imagem de Nossa Senhora do Rosário, que ela considerava uma espécie de madrinha espiritual.
Os altares laterais são dedicados a Nossa Senhora da Piedade (século XV), Nossa Senhora do Rosário (século XVIII) e Nossa Senhora de Fátima (século 1940).
A igreja tem entrada livre.
Horário
- Abre das 9h30 às 12h30 e novamente das 14h30 às 17h.
Do lado de fora fica a curiosa capela gótica de São Martinho.
Capela de São Martinho
Bem em frente à Igreja de São Pedro encontra-se a pequena capela gótica funerária, a Capela de São Martinho, fundada em 1331.
É a única construção medieval de Óbidos que sobreviveu, já que todas as outras foram total ou parcialmente destruídas em terremotos ao longo do tempo.
Dentro da capela, geralmente encontra-se vazia, exceto durante eventos especiais, como na época do Natal, quando muitas vezes exibe um presépio.
O interior tem um teto abobadado e três tumbas, mas poucas outras características decorativas.
A capela ficou na mesma família até 1913, quando foi comprada por um nobre. É propriedade do estado desde 1998.
A entrada é gratuita e não há horário definido.
Pelourinho
O Pelourinho encontra-se em frente à Igreja de Santa Maria e foi construído em granito em 1492.
Foi um presente da Rainha D. Leonor, indicando a independência municipal de Óbidos.
Um “pelourinho” ou poste de açoite, era onde se colocavam os criminosos para serem humilhados e espancados publicamente.
Abaixo do pelourinho encontra-se um bebedouro maneirista, encomendado pela Rainha Catarina da Áustria (esposa do Rei João III de Portugal) em 1575.
Possui duas bicas em forma de gárgula, uma bacia triangular e o escudo da rainha, e servia para beber a água, proveniente do aqueduto.
Em frente ao pelourinho e à fonte, de um lado da praça, está um pórtico que serviu de mercado da cidade até o início do século XX.
Os pelourinhos podem ser vistos em quase todas as grandes cidades de Portugal, geralmente ficam em frente à camara municipal, palácio do bispo, catedral ou igreja principal, simbolizando o poder e autoridade local.
Igreja de Santa Maria
A Igreja de Santa Maria é igreja matriz de Óbidos. Era originalmente um templo visigótico, depois se tornou uma mesquita e, em 1100, foi novamente transformada numa igreja.
No interior, azulejos do século XVII adornam as paredes. Não percas a pintura do Noivado Místico de Santa Catarina, a mais famosa obra de Josefa de Óbidos.
O teto em madeira pintado é de 1676, e os azulejos azuis e amarelos que revestem as paredes datam de 1680 a 1690. Por fim, no coro encontra-se um órgão de tubos do século XVII.
A igreja foi palco de um grande acontecimento na história do país – o casamento do rei D. Afonso, de 10 anos, com a sua noiva, a rainha Isabel, de 8, em 1411. Hoje, poderás dar de cara com uma cerimónia de casamento, aos fins-de-semana.
Horário
- Está aberta diariamente, geralmente das 9h30 às 12h30 e depois das 14h30 às 17h.
Igreja de Santiago
A igreja de Santigo é um dos pontos turísticos mais incomuns de Óbidos. Encomendado pelo rei Sancho I em 1186, a Igreja encontra-se situada ao lado da entrada do castelo.
Esta igreja já foi em tempos, conduzia diretamente ao interior do castelo. Era uma capela privada de uso exclusivo da família real aquando da sua visita a Óbidos.
Os peregrinos a caminho de Santiago de Compostela costumavam parar nesta igreja, antes de ser totalmente destruída por um terremoto de 1755.
Foi reconstruída em 1772, agora com a fachada voltada para a rua principal (Rua Direita).
Hoje em dia é agora uma das 14 livrarias de Óbidos. A “Livraria de Santiago” às vezes também acolhe debates, exposições e sessões de autógrafos.
Castelo de Óbidos
O Castelo de Óbidos é de longe a estrutura mais impressionante de Óbidos. Remonta à ocupação romana em Portugal, mas a sua configuração atual é mourisca e o resultado de restaurações e reconstruções, de diferentes reis portugueses, a partir de 1148, quando criaram o reino de Portugal.
Além de fortaleza defensiva, também serviu de palácio real. O edifício onde o rei português dormia quando se encontrava na vila, é hoje uma pousada, após uma importante restauração de toda a construção a partir de 1932.
As pousadas em Portugal são hotéis de luxo. Este foi o primeiro a ser instalado dentro de um edifício histórico.
Atrás do castelo há um grande terraço conhecido como antiga Praça de Armas (atual Praça Infante D. Henrique, onde geralmente acontecem os principais festivais da cidade. Oferece uma vista maravilhosa sobre a paisagem circundante.
No antigo palácio caiado de branco (hoje hotel), avistam-se janelas manuelinas dos anos 1500 e o brasão real por cima de um portal, praticamente as únicas coisas que sobreviveram ao terramoto de 1755, que saiu do edifício quase completamente em ruínas.
Muralhas da vila
Muitos visitantes caminham ao longo das ameias de 13 m de altura, que circundam toda a cidade ao longo de 1,5 km, para vistas panorâmicas.
É possível caminhar desde o castelo até à Porta da Vila, mas se tens problemas de mobilidade ou se sofres de vertigens, isto não é aconselhável.
Além disso, como não há corrimãos, caminho encontra-se um pouco gasto e com vários riscos de tropeçar, pode ser uma experiência de roer as unhas e não é recomendado para crianças.
São provavelmente as melhores vistas sobre a vila, mas presta atenção a cada passo.
Arredores de Óbidos
Se estiveres a viajar de carro ou numa visita guiada, podes combinar outros locais com Óbidos.
Podes fazer uma viagem para Fátima (cerca de 90 km) via Nazaré, conhecida pela maior onda alguma vez surfada, e os mosteiros de Alcobaça e Batalha.
Peniche também pode ser uma alternativa. Podes fazer um passeio de barco até à reserva natural da Ilha das Berlengas e visitar as inúmeras praias.
Festivais em Óbidos
Como se os encantos desta bonita vila não bastassem para atrair visitantes, Óbidos sabe acolher um bom festival.
Todos os anos, o recinto do castelo e as praças públicas são ocupadas por divertidos eventos como a Festa do Chocolate, a Feira Medieval, a Vila Natal e o o FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos.
Pode ficar um pouco lotado quando esses eventos acontecem, especialmente nos finais de semana.
Dica: se possível, visita estes festivais durante a semana ou então numa sexta-feira em vez de sábado ou domingo, porque deve ser mais tranquilo.
Mas verifica os programas e horários primeiro, para teres a certeza de que não perderás nada.
Como chegar a Óbidos
Como ir de Lisboa a Óbidos de autocarro
A RDO – Rodoviária do Oeste opera autocarros frequentes para Óbidos (Rápida Verde) a partir do Terminal Rodoviário de Campo Grande, em Lisboa, que tem ligação ao metro pelas linhas amarela e verde.
A viagem dura uma hora com apenas uma paragem no Bombarral. Podes comprar as tuas passagens com o motorista (somente dinheiro) ou na bilheteira (dinheiro ou cartão de débito).
Um bilhete de ida de adulto custa cerca de 8 €.
Horários e preços do autocarro: rodoviariadooeste.pt
Como ir de Lisboa a Óbidos de carro
Com um carro alugado ou carro próprio, o percurso de Lisboa a Óbidos leva cerca de 40 a 50 minutos pela autoestrada A8 (cerca de 9 € em portagens).
Sai na saída 15 e segue as indicações para Óbidos.
Encontrarás estacionamentos convenientemente localizados do lado de fora da zona muralhada, por exemplo, junto ao aqueduto.
Traz moedas para os parquímetros (somente áreas pavimentadas).
Como ir de Lisboa a Óbidos de comboio
Podes apanhar o comboio nas estações de Santa Apolónia, Rossio ou Sete Rios em Lisboa.
Mas verifique a programação com cuidado, pois nem todos os comboios param em todas as estações!
A viagem dura mais de duas horas e custa cerca de nove euros cada trecho.
Dica: vais economizar tempo e dinheiro, se apanhares o autocarro.
Onde ficar em Óbidos
Hotel Louro – Hotel de 3 estrelas com piscina exterior. Castelo de Óbidos a 1,2 km.
Casa de S. Thiago do Castelo – Casa de hóspedes de 3 estrelas com bar/lounge. Castelo de Óbidos a 1,2 km.
Hotel Real D Obidos – Hotel de 4 estrelas com bar/lounge. Castelo de Óbidos a 1,1 km.
Exe Vila D’Obidos – Hotel de 4 estrelas com spa. Castelo de Óbidos a 2,5 km.
Hotel Casa Das Senhoras Rainhas – Hotel de 4 estrelas com restaurante. Castelo de Óbidos a 0,9 km.
Viagens:
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