Roteiro pela Costa Vicentina
Roteiro pela Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano. O que fazer em 6 dias ao longo de mais de 100 km de costa paradisíaca, selvagem e acolhedora, onde ainda é possível apreciar a natureza no seu estado mais puro, tornando-a numa das áreas costeiras melhores preservadas da Europa.
Tudo muda ao entrar Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.
Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina começa em São Torpes, a sul de Sines e entende-se até ao Burgau, no Algarve.
De repente, os carros na estrada parecem mais empoeirados e mais velhos, há amplos campos com fardos de palha e estufas.
As estradas (que já tiveram melhores dias), serpenteiam por avenidas de pinheiros e eucaliptos, abre a janela e deixa o cheiro do eucalipto e do mar entrar.
Este roteiro foi construído para 6 dias completos. Para aproveitares melhor as praias e as localidades, adiciona mais dias!
Para aproveitares melhor todo o potencial da viagem e não estares dependente de transportes públicos, aluga um carro ou uma autocaravana.
Dia 1 – São Topes à Praia do Malhão
Praia de São Torpes
A Praia de São Torpes é a porta de entrada da Costa Alentejana, como é conhecida. Situa-se a junto à central Termoelétrica de Sines, a cerca de 10 minutos do centro de Sines.
O fenómeno da água quente é apenas um dos efeitos colaterais da Central Termoelétrica de Sines, que usa a água fria do mar para arrefecer as turbinas, expelindo a água quente para o mar.
Ou seja, a água está mais concentrada junto aos canais de descarga. Neste local encontra-se um nadador salvador, pois é a zona mais perigosa da praia, devido às correntes.
Se vieres do norte, São Torpes é a primeira praia de surf da Costa Alentejana.
Dica: usa sandálias ou chinelos, porque as águas quentes da praia também atraem o peixe-aranha.
Como tratar a picada do peixe-aranha
O tratamento é bastante simples, mas é importante encontrar um recipiente para colocar água o mais quente possível, mas ainda assim, confortável o suficiente para colocar os pés.
Este tratamento reduz a eficácia do veneno, quebrando sua proteína e aliviado a dor.
A dor geralmente dura cerca de 30 minutos após a picada e depois diminui gradualmente.
Após um breve mergulho em São Torpes, segue até à praia da Samoqueira. Pelo caminho existem outras praias, mas ficam afastadas da estrada.
Praia da Samoqueira
A Praia da Samoqueira é uma das praias mais bonitas de Porto Côvo e possui uma piscina natural, quando a maré está baixa.
Destaca-se pelas formações rochosas que dão origem a pequenas baias.
Durante a maré baixa é possivel explorar as cavernas e grutas que se encontram dispostas ao longo da praia. As são águas calmas e cristalinas, ideais para nadar ou mergulho.
Até Porto Covo, vais encontrar: a Praia de Porto Covinho, a Praia do Cerro da Águia, a Praia naturista do Salto, a Praia da Cerca Nova e a Praia Grande de Porto Côvo, que é provavelmente a praia mais conhecida e frequentada da região.
Porto Côvo
Porto Côvo é uma vila piscatória encantadora, com as casas brancas com a lista azul, ruas em calçada e bonitas praças.
A praça principal e centro histórico da vila, é o Largo do Marquês de Pombal ou Praça da Marquês de Pombal, onde se encontra a Igreja dedicada à Nossa Senhora da Soledade.
Segue pela rua pedonal Vasco da Gama até à Praia dos Buizinhos, uma pequena praia inserida numa enseada.
Volta para o carro e passa pela Baía de Porto Côvo antes de seguir para a Ilha do Pessegueiro.
Baía de Porto Covo
A baía de Porto Covo é uma reentrância com cerca de 250 m de comprimento, situada entre dois promontórios. Durante o sec. XVIII, servia de local de embarque de mercadorias e de porto de pesca, mas atualmente apenas alguns barcos saem para pescar a partir daqui.
O porto serve quase exclusivamente para passeios de barco para a Ilha do Pessegueiro e para as proximidades.
Ilha do Pessegueiro
A ilha do Pessegueiro encontra-se a cerca de 250 metros da linha de costa atual. Na ilha ainda se encontram vestígios da Fortaleza de Santo Alberto de Pessegueiro, também conhecida como Fortaleza de Pessegueiro, dos finais do século XVI.
Se és português ou conhecedor de música portuguesa, de certeza que é difícil chegar à Praia da Ilha do Pessegueiro e não começar a cantar a música “Porto Covo” de Rui Veloso.
“Havia um pessegueiro na ilha
Plantado por um Vizir de Odemira
Que dizem que por amor se matou novo
Aqui, no lugar de Porto Côvo”
Segue até à Praia do Malhão, a última paragem antes de ir para Vila Nova de Mil Fontes. Se chegares cedo e estiver calor aproveita para ficar na praia.
Praia do Malhão
A Praia do Malhão situa-se a apenas 5 km de Vila Nova de Milfontes. É uma praia composta por um areal tão grande que, mesmo no auge do verão, há sempre espaço para espalhar a toalha com tranquilidade.
A parte norte da praia é constituída por um areal com dunas de dimensões consideráveis. Nesta área é tolerada a prática do nudismo.
Na parte sul também é constituída por um grande areal, no entanto delimitada por uma encosta rochosa.
O acesso a esta praia é feito por um trilho em terra batida e com falta de sinalização.
É uma praia muito apreciada pelos amantes do surf e bodyboard. As escolas de surf de Vila Nova de Milfontes costumam vir para esta praia praticar.
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Dia 2 – Vila Nova de Milfontes e arredores
Vila Nova de Milfontes
Começa o dia a explorar a vila.
Vila Nova de Milfontes é das vilas mais bonitas da Costa Alentejana. Possui um atraente centro caiado de branco, praias nas proximidades e é banhada pelo rio Mira, de um lado, e pelo Atlântico, do outro.
As principais atrações da vila, são a Igreja de Nossa Senhora da Graça, o Forte de São Clemente e o farol, que oferece uma excelente vista sobre o estuário, a praia das Furnas e o Atlântico.
Forte de São Clemente
O Forte de São Clemente foi construído durante o século XVII, como proteção contra piratas e invasores do norte da África, pois tem vista privilegiada para o estuário do Rio Mira. Atualmente o forte foi transformado num hotel, mas mantiveram a sua aparência.
Vila Nova de Milfontes possui quatro praias de areia, situadas na costa atlântica e duas nas margens do rio Mira. As praias são as verdadeiras atrações de Vila Nova de Milfontes.
Pega no carro e segue para a Cascata da Rocha d’Água d’alto, uma queda de água com cerca de 30 metros de altura.
Cascata da Rocha de Água de Alto
A Cascata da Rocha de Água d’Alto é uma das mais belas cascatas de Portugal, localizada perto da aldeia dos Foros da Pereira, a cerca de 15 minutos de carro de Vila Nova de Milfontes.
A melhor altura para a visitar: após um período chuvoso. No verão, o caudal do rio fica quase seco.
Como chegar à Cascata da Rocha de Água d’Alto
De carro
Conduz para o leste em direção ao Cercal (estrada N390), passa por Brunheiras e vira à direita depois de passares por Foros da Pereira (encontra-se uma paragem de autocarro do lado esquerdo da estrada – gps 37.763718, -8.743634), para uma estrada em terra batida.
Segue em frente, e quando encontrares três estradas, continua pela do meio. A cerca de 1.5 a 2 km da cascata vais encontrar uma clareira que serve como um pequeno estacionamento (gps 37.751515, -8.719670). A partir daqui segue-se uma curta caminhada, que te vai levar até à base da cascata.
Outra opção é seguir até ao Monte do Vale do Porquinhas (Vale de Porcas de Baixo, 7645-011 Vila Nova de Milfontes) e depois de uma breve caminhada, vais encontrar-te no topo da cascata.
Caminhada
É possível fazer uma caminhada desde Vila Nova de Milfontes, são cerca de 8 km para ir e outros 8 km para regressar.
Após regressar da cascata, nada melhor do que ir até às praias.
Praia da Franquia
A Praia da Franquia é a praia principal de Vila Nova de Milfontes e é separada da Praia do Farol por um promontório.
É uma praia caracterizada pelas suas águas calmas e areia fina, muito visitada e apreciada por famílias com crianças pequenas e por praticantes de canoagem e windsurf.
Praia do Farol
É uma praia muito parecida com a Praia da Franquia, mas como se encontra mais próxima da foz do estuário, é afetada pelas fortes correntes da maré.
Praia do Carreiro das Fazendas ou Praia da Carreira das Fazendas
A Praia do Carreiro das Fazendas situa-se a cerca de 1 km da praia do Farol. É uma praia selvagem, com areias e dunas douradas, formações rochosas interessantes, que são atingidas por grandes ondas do Atlântico.
Como chegar à Praia do Carreiro das Fazendas
Para chegar a esta praia, vira à direita na estrada para a Praia do Farol e segue pelas dunas. Após alguns minutos de caminhada, chegarás à Praia do Carreiro das Fazendas.
Praia do Patacho
A Praia do Patacho é uma praia de seixos, famosa devido ao naufrágio de Klemens, o navio de reboque holandês com 17 metros de comprimento, que encalhou no dia 12 de dezembro de 1996.
É aqui que são descarregadas as águas da ETAR de Vila Nova de Milfontes, situada poucos metros a norte.
Não é a local ideal para passar o dia, mas se gostas de fotografia, este local não te pode escapar.
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Dia 3 – Praia das Furnas à Zambujeira do Mar
Começa o dia pela praia que se encontra do outro lado do Rio Mira.
Praia das Furnas
A Praia das Furnas é provavelmente a melhor praia de Vila Nova de Milfontes. No ano de 2012 foi eleita a “Melhor Praia de Rio” nas 7 Maravilhas Praias de Portugal.
Junto à praia, escondida entre a vegetação encontra-se a pequena cascata das Furnas.
Se preferires, podes adicionar a praia das furnas ao “Dia 2”.
Como chegar à praia das Furnas a partir de Vila Nova de Milfontes
A Praia de Furnas pode ser alcançada através de um pequeno barco que parte do porto ao forte. Um bilhete de ida e volta custa 5€ e, durante o verão, existem inúmeras partidas por hora.
Na época baixa, o número de partidas é bastante reduzido e durante o inverno não existe.
Também é possível caminhar até a praia atravessando a ponte N393 e seguindo um trilho de cascalho ao longo do estuário.
Vila Nova de Milfontes fica para trás e segue até Almograve, com uma breve paragem na praia do Brejo Largo, a cerca de 4 km de Almograve.
Praia do Brejo Largo
A estrada de acesso à Praia do Brejo Largo é um autêntico desafio. A estrada é de terra batida e bastante esburacada, para não falar em zonas com grande quantidade de areia.
Dica: quando estacionares o carro, lembra-te de o colocar numa zona com relva ou vegetação, para não ficar atolado.
A caminhada até à praia dura cerca de 10 minutos, por entre arbustos e canas de açúcar.
O final do trilho é feito por uma descida íngreme, mas tens o auxílio de uma corda.
Se não quiseres arriscar e levar o carro até à praia do Brejo Largo, podes sempre fazer um percurso circular que parte de Almograve e segue junto ao vasto areal da praia.
Praia de Almograve
A Praia de Almograve é das praias mais bonitas do litoral alentejano, principalmente pela sua cor escura (camadas de xisto preto) e pela forma das suas falésias.
A praia é composta por uma grande extensão de areia, intercaladas por afloramentos de xistos negros.
A Praia Almograve pode ser dividida em duas partes: lado norte de é composto por dunas de areia suaves, enquanto que a parte sul da praia é composta por penhascos íngremes.
Segue junto à costa até ao porto de pesca Lapa de Pombas, um pequeno porto de pesca artesanal. A estrada não tem saída, tens de voltar para trás.
Cabo Sardão
O Cabo Sardão, é o ponto mais ocidental da costa alentejana. É guardado por um farol construído em 1915, com uma torre de 17 metros de altura, é um lugar onde é impossível permanecer indiferente diante das majestosas falésias com vista para o oceano.
Este é o melhor para ver o ninho das cegonhas em cima das falésias. Aliás, é único local do mundo onde isso acontece.
Zambujeira do Mar
Embora hoje seja mais conhecida por sediar um dos mais famosos festivais de verão de música em Portugal, a Zambujeira do Mar é uma vila dedicada à pesca desde os tempos antigos.
A rua principal termina num penhasco e na principal praia da vila, vencedora do prémio das 7 maravilhas de Portugal.
As praias de Alteirinhos a sul e Nossa Senhora a norte, também são muito populares.
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Dia 4 – Praia do Carvalhal à praia da Amoreira
Continua a descer em direção ao Algarve. A primeira paragem é a Praia do Carvalhal.
Praia do Carvalhal
A Praia do Carvalhal é uma praia encaixada entre duas falésias, ficando protegida dos fortes ventos desta costa.
Praia da Amália
A Praia da Amália também conhecida como Praia do Brejão, deve o seu nome por estar situada em frente à casa onde Amália Rodrigues, passava férias.
Na parte sul da praia encontra-se, um pequeno riacho que termina numa pequena cascata.
O acesso é feito por uma estrada muito acidentada, cheia de vegetação alta e pequenas zonas pantanosas.
Próxima paragem é a vila de Odeceixe.
Odeceixe
Odeceixe fica na fronteira entre o Algarve e o Alentejo, ou seja, a margem sul da Ribeira de Seixe que atravessa esta freguesia é a linha divisória desta fronteira.
A Praia de Odeceixe, situa-se na foz do rio Seixe, está classificada como uma das 7 Maravilhas na categoria de Praia de Arribas.
Parte em direção a Aljezur, com paragem na Praia de Vale dos Homens, Praia da Carriagem e Praia da Amoreira.
Praia de Vale dos Homens
A Praia do Vale dos Homens fica perto de Rogil. É uma praia ampla, limitada por altas falésias de xisto, ideal para quem prefere tranquilidade e isolamento.
Desde a praia é possível subir o Barranco de Vale dos Homens, um vale cortado na rocha com um pequeno curso de água cristalina.
O acesso à areia é feito por uma enorme escada de madeira, que também é uma ótima maneira de obter uma vista fantástica da praia.
Praia da Carriagem
A Praia da Carriagem, muitas vezes escrita “Carreagem”, situa-se a Oeste do Rogil, é uma praia longa e estreita, apoiada por grandes falésias, ideal para quem gosta de visitar praias fora dos roteiros mais conhecidos.
De forma a ver a beleza das formações rochosas e as estruturas geológicas, deves visitar a praia durante a maré baixa. Além disso, durante a maré baixa, também consegues passear na praia.
Praia da Amoreira
A Praia da Amoreira localiza-se na foz da Ribeira de Aljezur, formando um sistema estuarino-lagoa de grande beleza natural. A praia da Amoreira estende-se ao longo de 580 metros e é ladeada por falésias e formações rochosas.
Segundo os locais, a formação rochosa negra no lado norte da praia parece um gigante deitado. A pedra menor do lado esquerdo é a cabeça do gigante (com nariz pontudo) e o grande penhasco à direita é a barriga.
A foz da Ribeira de Aljezur encontra-se na parte sul da praia da Amoreira é a foz do rio Aljezur. A Ribeira percorre cerca de 10 quilómetros, desde a vila de Aljezur até à praia. Isso significa que podes nadar no rio ou no mar.
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Dia 5 – Aljezur à praia do Castelejo
Aljezur
Começa o dia com uma caminhada pelo centro histórico de Aljezur, antes de ir visitar o castelo.
O caminho até ao castelo é um pouco exigente, mas vale bem a pena! Do castelo, tens uma vista privilegiada do horizonte, de onde é possivel ver as casas brancas da vila de Aljezur, os campos férteis da planície de inundação e a Serra de Monchique.
Aljezur é hoje um importante centro turístico para os amantes de surf.
Rumo a sul, visita a Praia de Monte Clérigo, Praia da Arrifana, Praia da Bordeira, Praia do Amado, Praia da Cordoama e Praia do Castelejo.
Praia de Monte Clérigo
A Praia de Monte Clérigo situa-se numa pequena vila de pescadores com o mesmo nome. Possui um grande areal, com algumas belas formações rochosas e dunas de areia.
No extremo sul da praia é possivel explorar as piscinas naturais entre rochas, se a maré estiver baixa.
Praia da Arrifana
A Praia da Arrifana estende-se por mais de 500 m. Mais a sul, encontra-se uma rocha vertical no meio do mar, que faz lembrar uma estátua gigantesca, que se chama Pedra da Agulha.
É uma praia muito procurada pelos surfistas e praticantes de bodyboard, por vezes até o local de grandes competições de surf.
A partir das ruínas da Ponta da Atalaia, um dos principais vestígios do período mouro em Portugal, podes contemplar um dos mais belos cenários da costa Vicentina.
Praia da Bordeira
A Praia da Bordeira, também conhecida como Praia da Carrapateira, apresenta um grande areal, com cerca de 3 km de extensão, que se estende desde o Pontal da Carrapateira, até à Pedra de Matez, uma enorme rocha de tons de vermelho.
É uma praia muito popular entre os surfistas e amantes da natureza.
O acesso à praia da Bordeira, é feito através de um espetacular passadiço de madeira.
Praia da Cordoama
A Praia da Cordoama é uma praia com um areal de perder de vista.
Apesar de às vezes ser muito frequentada por surfistas, há sempre lugar para relaxar.
As falésias tem cerca de 100 metros de altura e há uma colina que é frequentemente usada pelos parapentes, como local de descolagem.
Praia do Castelejo
Também um local popular entre os surfistas; e supervisionado na temporada de ‘praia’.
A Praia do Castelejo situa-se a sul da praia da Cordoama. A fronteira entre essas duas praias é marcada por uma série de falésias.
É composta por um grande areal, uma praia remota e de grande beleza natural. Durante a maré baixa, é possível fazer caminhadas na praia.
Visita o Miradouro do Castelejo, que oferece uma vista panorâmica sobre a praia e sobre as falésias.
É um local bastante popular entre os surfistas.
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Dia 6 – Vila de Sagres ao Burgau
Começa o último dia do roteiro pela Vila de Sagres.
Sagres
A vila de Sagres dá a sensação de fim do mundo, com seus grandes penhascos esculpidos pelo mar, uma das vistas mais dramáticas do Algarve.
Fora da vila estão as impressionantes falésias do Cabo de São Vicente, o ponto mais a sudoeste do continente europeu, e as praias que são muito populares entre os surfistas.
Sagres tem temperaturas mais amenas do que outras partes do Algarve, com os ventos do Atlântico mantendo o verão fresco.
Segue para a Praia da Salema.
Praia da Salema
A Salema, é uma pequena aldeia piscatória. É normal ver na praia, os pescadores a cuidar dos seus barcos ou das redes de pesca.
A Praia da Salema tem cerca de um quilometro de extensão, areia fina dourada e recebe repetidamente a bandeira azul, ano após ano.
Mesmo durante a maré alta, a praia da Salema tem uma grande faixa de areia onde podes relaxar. A água do mar é mais fria em comparação com Portimão ou com as ilhas da Ria Formosa, vai-te custar um bocado a entrar, se não estiveres habituado.
Pistas e pegadas de dinossauros
Na Praia da Salema encontram-se falésias de calcário dourado e laranja, típicos do Algarve. Entre essas camadas de calcário encontram-se fósseis de vida marinha e até pegadas de dinossauros.
Mas é no extremo oeste da praia, onde eles são mais visíveis. É aqui que se encontra um bloco de calcário, com várias pegadas de dinossauros diferentes.
Essas pegadas foram ‘descobertas’ por arqueólogos e geólogos da Universidade de Lisboa em 2001.
As pegadas de dinossauros mais evidentes estão localizadas a alguns metros da escada. São relativamente fáceis de encontrar. Acredita-se que elas pertenciam a um herbívoro bípede herbívoro chamado Ornitópode.
É possível reconhecer o contorno de um dinossauro com 3 dedos curtos e largos, terminados de forma arredondada.
Reserva Natural da Boca do Rio
A caminho do Burgau, passas por um pequeno vale que se situa entre as aldeias da Salema e do Burgau. Esse vele faz parte da Reserva Natural da Boca do Rio, um pequeno pantanal criado por duas ribeiras que se juntam e correm em direção à praia da Praia da Boca do Rio.
Na encosta da falésia acima da praia da Boca do Rio, encontra-se o Forte de São Luís de Almádena ou Forte de Almádena, um forte do século XVII.
Do topo da falésia, as vistas de Sagres até à baía de Lagos são espetaculares!
Burgau, a Santorini Portuguesa
A aldeia piscatória do Burgau, foi considerada em 2010, a “pitoresca vila costeira da Europa” pelos leitores do Lonely Planet.
Enquanto desces em direção à Praia de Burgau, entras num labirinto de casas de pescadores caiadas de branco e ruas estreitas em calçada. Quando estiveres quase a chegar à praia, começas a reparar nos pequenos barcos de pesca, alinhados em ruas íngremes.
A pequena Praia do Burgau é cercada por falésias altas e desaparece quase completamente quando a maré está alta.
Trilho dos Pescadores
O trilho estende-se desde Porto Covo, até Odeceixe, no Algarve, dividido em 13 etapas, num total de 226,5 km. Esta exigente caminhada concede aos caminhantes, acesso às áreas costeiras mais selvagens e remotas de Portugal.
Embora a maioria seja plano, este trilho não é fácil, porque estarás a caminhar na areia por horas, o que é fisicamente exigente.
O Trilho dos Pescadores da Rota Vicentina segue os trilhos usados pelos locais para aceder aos principais pontos de pesca.
Durante a caminhada, verás pescadores empoleirados nas falésias ou nas praias, esperando pacientemente pela captura do peixe.
Como chegar ao Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina
Dependendo do local e da região onde te encontras, podes demorar cerca de 1.30 a 2h desde Lisboa a São Torpes ou 20 minutos de estiveres em Lagos e quiseres começar no Burgau.
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Quando visitar o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina
A melhor altura para visitar Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina é:
- Maio/junho e setembro/outubro.
- Julho e agosto são meses muito quentes, com temperaturas a rondar os 30/35º.
- De novembro a abril, são os meses mais frios e chuvosos, com temperaturas a variar entre os 5 e os 15º.
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