Visitar as Berlengas implica apanha um ferry, uma vez que o arquipélago das Berlengas, está situado a cerca de 10 km da costa de Peniche.
O arquipélago da Berlengas é constituído por três grupos de ilhas: a Berlenga Grande, Estrelas e Farilhões-Forcadas.
Todas elas são geologicamente diferentes, um importante testemunho da História da Terra e da formação dos continentes e oceanos.
O clima das Berlengas é instigado pelas influências meteorológicas atlânticas e mediterrânicas, tornando este arquipélago um ecossistema único no mundo.
Em 2011 foi listada como Reserva Mundial da Biosfera da UNESCO e em setembro 1981 classificada de Reserva Natural das Berlengas.
Foi também, a primeira área protegida no país, decretado pelo rei D. Afonso V, que, com isso, proibiu a caça na maior ilha deste arquipélago, a Berlenga Grande (com 1,5 km de comprimento e 800 m de largura).
A Berlenga Grande é a única ilha do arquipélago da Berlenga que podes visitar. No século XVI, a Berlenga Grande abrigava um mosteiro.
A rainha D. Leonor pediu a alguns monges da Ordem de São Jerónimo que se instalassem na ilha, com o propósito de auxiliar a navegação e socorrer as vítimas de naufrágios.
Apesar das boas intenções de D. Leonor, a verdade é que os monges não ficaram muito tempo devido à constante escassez de alimentos, ataques de piratas e doenças, e em meados de 1600 o mosteiro foi demolido.
Nos dias de hoje, os habitantes mais famosos são milhares de aves marinhas em nidificação, como Gaivotas-argênteas, corvos-marinhos-de-crista, falcões-peregrinos, cagarras e airos, entre outros.
As aves têm prioridade sobre os humanos: o único empreendimento permitido inclui o alojamento de uma pequena comunidade de pescadores e um farol.
Na ilha foram criados dois percursos pedestres: o Trilho das Berlengas, um percurso linear de dificuldade média, com 3,3 quilómetros (cerca de 1.30h) e o Trilho Ilha Velha, um percurso circular de dificuldade média, com 1,2 quilómetros (45 minutos).
Sabias que: a Berlenga Grande, é dividida em duas partes devido a uma falha sísmica?
A Berlenga Grande (representa dois terços da ilha) e a Ilha Velha (representa a parte menor da ilha.
Antes de saíres do cais, certifica-te de que tens tempo para apanhar o barco de volta para Peniche.
Os caminhos estão claramente marcados para impedir que os visitantes invadam o domínio das aves.
O trilho das Berlengas começa na doca das Berlengas, um abrigo natural denominado Carreiro do Mosteiro e de onde se avista uma pequena praia, a Praia do Carreiro do Mosteiro.
O Carreiro do Mosteiro é uma pequena baia onde aportam os barcos das excursões por exemplo, e que termina na pequena Praia do Carreiro do Mosteiro.
O nome desta praia teve origem no antigo mosteiro. Com águas muito transparentes, é possível tomar banho e descansar tranquilamente no areal de cor rosada devido à erosão do granito.
Passa pelo Bairro dos Pescadores, pelo parque de campismo e pelo Carreiro dos Cações.
O Carreiro dos Cações foi outrora o local de desova e “berçário” do cação.
Geologicamente, corresponde ao contorno de uma falha inversa, que quase separa a ilha da Berlenga em duas partes – a Ilha Velha e a Berlenga.
Continua o caminho para o Farol da Berlenga.
Construído em 1841, o Farol do Duque de Bragança, também conhecido por Farol da Berlenga, funcionava inicialmente a azeite e depois petróleo, mas em 1926 foi eletrificado, a 1985 transformou-se em automático e a partir de 2001 funciona com energia solar.
Do planalto da ilha avistam-se as Estelas e Farilhões (pertencentes ao arquipélago das Berlengas) e em dias claros, a Serra de Sintra a sul, a Serra de Montejunto logo atrás da vila de Peniche e o promontório da Nazaré a norte.
Segue pelo planalto, mas prepara-te para iniciar uma descida íngreme e sinuosa até ao forte de São João Baptista.
O forte de São João Baptista foi construído no reinado de D. João IV. Serviu de base aos britânicos durante as guerras napoleônicas e às tropas do rei D. Pedro para a conquista da fortaleza de Peniche durante as guerras liberais.
Na década de 30 do século XX, o forte sofreu algumas obras e na década de 50 foi totalmente recuperado e convertido em residencial. Em 1938, o Forte foi classificado como Monumento Nacional.
Depois de visitar o forte, volta pelo mesmo caminho.
No planalto e na bifurcação, continua para a esquerda, contorna a cisterna e chegarás ao final do trilho, de onde se avista a Ponta Sudoeste e a Cova do Sono, uma cavidade natural na falésia, também conhecida como “Catedral”.
O trilho da Ilha Velha é o mais curto dos trilhos existentes na Berlenga, e começa também no bairro dos Pescadores.
Do topo das falésias poderás avistar as ilhas Estrelas ou os Farilhões, e em dias de visibilidade normal, conseguirás avistar sem dificuldade o cabo Carvoeiro e Peniche.
Alem dos trilhos terrestres, podes ainda fazer um percurso marítimo, que te permite conhecer o Carreiro da Inês, Flandres, o Forte de São João Baptista, a Gruta Azul, o Furado Grande, a Cova do Sono, entre outras formações.
O Furado Grande, é gruta mais impressionante da Berlenga. Atravessa toda a ilha, como se fosse um túnel natural de 70 metros de comprimento e 20 metros de altura, que conduz à Cova do Sono e ao Furado Pequeno, que só fica acessível durante na maré baixa.
Existem dezenas de grutas para explorar em toda a ilha, muitos delas submersas e apenas acessíveis através do mergulho.
A viagem entre Lisboa e Peniche dura cerca de uma hora e 30 minutos.
Para chegares a horas da viagem de barco para as Ilhas Berlengas, precisas apanhar o primeiro autocarro que parte Lisboa para Peniche às 7h30.
Os bilhetes custam cerca de 9 € ida e todas as viagens podem ser reservadas no site da Rede Expressos até 30 dias de antecedência.
Explora a cidade costeira de Peniche e a Ilha das Berlengas nesta excursão a partir de Lisboa.
De carro é a opção mais flexível para explorar Peniche e fazer paragens ao longo do caminho.
A viagem de Lisboa a Peniche demora cerca de uma hora e 20 minutos pela A8 (estrada com portagem), sendo os últimos 20 quilómetros na IP6.
De Lisboa a Peniche, são cerca de 5 € em portagens.
Se pretendes alugar um carro, vê aqui os preços mais baratos para aluguer de automóveis.
Com um carro é mais fácil para te deslocares e visitares locais próximos, como a vila medieval de Óbidos, conhecer a Nazaré ou um dos sítios classificados pela UNESCO como Património da Humanidade, o Mosteiro de Alcobaça.
Os barcos partem da marina de Peniche, situada perto da Fortaleza de Peniche e ao parque de estacionamento, situado no fim da Avenida do Mar, onde se encontram a maioria dos restaurantes.
Na marina encontrará várias empresas que oferecem passeios de barco ao arquipélago das Berlengas.
Os bilhetes de ida e volta custam mais ou menos o mesmo nas diferentes companhias (cerca de 20 € por pessoa).
Além do trajeto de ida e volta, poderás pagar um pouco mais para conhecer as grutas e ter um guia para fazer caminhadas.
Se gostas de mergulho, há muitos barcos naufragados em redor da ilha. Estas atividades devem ser reservadas com antecedência, numa das várias bilheteiras da Marina de Peniche.
A viagem até às Berlengas pode ser um pouco acidentado, especialmente em dias de muita agitação marítima e em barcos rápidos e insufláveis que tendem a balançar nas ondas.
Existem alguns lugares para comer algo na ilha. Um perto do porto e outro no forte. A comida é um pouco cara e não é a melhor comida do mundo. Por isso, leva qualquer coisa para comer.
Embora a maioria das pessoas visite as ilhas num passeio de um dia ou meio dia, é possível pernoitar na Berlenga Grande.
Existem apenas três opções alojamento onde podes ficar:
O forte pode acomodar até 50 pessoas em dormitórios pelo preço de apenas 20 euros por pessoa. Não esperes o luxo. Os lençóis são fornecidos, mas precisas de reservar com antecedência.
Email: berlengareservasforte@gmail.com).
O Pavilhão Mar e Sol tem seis quartos duplos com casa de banho privativa e custa 75 euros por casal.
No parque de Campismo da Berlenga, o espaço é limitado e custa cerca de oito euros.
Contacta o Posto de Turismo de Peniche para uma lista de preços atualizada e para efetuar uma reserva. Email: turismo@cm-peniche.pt).
Viagens:
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